O que são testes de intolerância alimentar?
Os testes geralmente denominados como testes de intolerância alimentar, avaliam a hipersensibilidade do indivíduo a determinados alimentos, mas é importante diferenciá-los dos testes a alergias (que analisam a presença de anticorpos IgE) e dos testes de intolerâncias metabólicas (incapacidade para metabolizar um alimento como, por exemplo, a intolerância à lactose por défice da enzima lactase). As intolerâncias alimentares são mais difíceis de detetar, uma vez que não apresentam reação causa-efeito imediata sendo que, ocorre entre 8 a 72 horas depois.
O que é avaliado nos testes de intolerância alimentar?
O teste avalia a hipersensibilidade alimentar mediante a deteção de anticorpos IgG no sangue, produzidos pelos indivíduos, em resposta às proteínas dos alimentos. Os anticorpos IgG são os responsáveis da reacção imunitária tardia e da sintomatologia associada à hipersensibilidade. Os indivíduos que apresentam um elevado nível de IgG face a um determinado alimento, e o incluem na sua dieta, podem apresentar sintomatologia diversa, moderada e crónica, que pode contudo, ser mais grave, se o indivíduo apresentar fatores de predisposição como alterações gastrointestinais ou do sistema imunitário. Nestes indivíduos, a eliminação na dieta dos alimentos aos quais apresentam hipersensibilidade (níveis de IgG elevados), proporciona uma visível melhoria em aproximadamente 75% dos casos.
Quem sobre de problemas relacionados com intolerância alimentar?
Muitos indivíduos sofrem de intolerância alimentar crónica a determinados alimentos. Estima-se que aproximadamente 20-35% da população poderá apresentar este tipo de reação. A supressão na dieta dos alimentos aos quais o indivíduo apresenta anticorpos específicos, proporciona uma melhoria significativa na sua sintomatologia. Os alimentos podem voltar a ser inseridos na dieta, de forma gradual, após 6 meses.
Os sintomas clínicos mais frequentemente associados à intolerância alimentar são:
Perturbações gastrointestinais: Dores ou cólicas abdominais, prisão de ventre, diarreia, inchaço abdominal, síndrome do cólon irritável.
Alterações psicológicas: Ansiedade, letargia, depressão, fadiga, hiperatividade (principalmente em crianças).
Problemas dermatológicos: Acne, eczema, psoríase, prurido, urticária.
Problemas neurológicos: Dor de cabeça, enxaqueca, tonturas, vertigens
Problemas respiratórios: Tosse, bronquite, asma, rinite, dificuldade respiratória.
Problemas músculo-esqueléticos: Dor, rigidez, artrite, fibromialgia e inflamações articulares.
Outros: Retenção de líquidos e obesidade, etc.